
Até o final deste ano o presidente Lula deverá definir como será o Plano Nacional de Banda Larga que pretende democratizar o acesso a essa tecnologia no país. Representantes de vários órgãos envolvidos com o assunto, entre eles o Ministério do Planejamento, se reuniram ontem com o presidente Lula que solicitou mais detalhamentos de algumas pontos do projeto.
O tema foi debatido nesta quarta-feira em Belo Horizonte durante a 8ª Oficina para Inclusão Digital. O secretário de Logística e Teconologia da Informação, Rogério Santanna, defendeu a utilização da infra-estrutura de fibras ópticas já instaladas no território brasileiro pelas distribuidoras de energia elétrica.
Santanna disse que a banda larga é uma infra-estrutura do século XXI e que não há como promover o desenvolvimento utilizando métodos medievais. Segundo ele, a intenção é levar essa tecnologia também às regiões do interior do Brasil, especialmente as mais excluídas, reduzindo o custo e aumentando a velocidade da banda disponível atualmente. “Precisamos interiorizar o desenvolvimento para oferecer oportunidade de emprego e renda para todas as regiões”, ressaltou.
O secretário de Logística e Tecnologia da Informação também destacou que é importante estimular a competição nessa área. Ele lembrou que existem mais de 1,4 mil licenças concedidas pela Anatel para a prestação desses serviços e que o custo para obtê-la é baixo já que não ultrapassa os R$ 9 mil. “O problema é que hoje os pequenos provedores e as empresas interessadas precisam comprar o serviço das grandes operadoras de telefonia que cobram preços muito altos”, explicou.
O superintendente de Telecomunicações da Companhia de Energia de Minas Gerais, Sérgio Belisário, que também participou desta plenária na 8ª Oficina, disse que a empresa já instalou 3,1 mil quilômetros de fibras ópticas no Estado, cobrindo 26 municípios que representam 50% do PIB do estado, para a prestação de serviço de internet por rede de energia elétrica. Ele informou que o projeto Power Line Communication (PLC) será testado em breve em 300 residências.
Essa tecnologia de radiofreqüência utiliza a rede de distribuição de energia elétrica (média e baixa tensão) como meio de transporte para transmissão de dados em alta velocidade. “Esperamos que esta rede possa interagir com o projeto do Governo Federal e oferecer à população serviços que são de grande importância para o desenvolvimento humano”, fisou Belisário.
Oficina para Inclusão Digital
A Oficina é organizada anualmente pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - SLTI/MP em conjunto com o Comitê Técnico de Inclusão Digital do Governo Federal, atualmente coordenado pela Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social - Dataprev, e as instituições Sampa.org, Rede de Informações para o Terceiro Setor - RITS, Cidadania Digital, Coletivo Digital, Projeto Saúde & Alegria e Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais e Tecnológicos - IPSO. Nesta edição, na capital mineira, também fazem parte da organização o governo municipal, por meio da Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte - Prodabel, o governo estadual, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior - Sectes e um conjunto de parceiros de atuação regional, que constituem o comitê organizador local do evento.
A 8ª. Oficina para Inclusão Digital tem o patrocínio da Dataprev, Serpro, Banco do Brasil, Fundação Banco do Brasil, Petrobras, Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Cemig, Fapemig, Caixa Econômica Federal, Instituto Cidadania Unimed - BH, Cobra Tecnologia e Furukawa. E o apoio da Fundação Clóvis Salgado - Palácio das Artes, Verdemar Supermercado e Padaria, Empresa de Infovias S.A., Sesc Minas Gerais, Associação Municipal de Assistência Social, Ministério da Previdência Social, NEAD/Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Educação, Ministério da Cultura, Ministério da Ciência e Tecnologia, Ministério das Comunicações.

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