sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

ONU: Brasil tem maior produção per capita de lixo eletrônico e baixa prioridade da indústria e governos



Seguido do México e da China (0.4 kg/cap·ano), o Brasil (0.5 kg/cap.ano) é o maior produtor per capita de resíduos eletrônicos entre os países emergentes, segundo o mais recente estudo da ONU sobre o tema. O Brasil também foi cotado como campeão em outro quesito: faltam dados e estudos sobre a situação da produção, reaproveitamento e reciclagem de eletrônicos: China, Índia, Argentina, Chile, Colômbia, Marrocos, África do Sul e até mesmo o México realizam e centralizam mais informações sobre a gestão de resíduos eletrônicos em seus países que nós, parafraseando um famoso jornalista, isso é vergonhoso! A falta de uma lei nacional sobre resíduos eletrônicos é vista como um dos principais obstáculos para uma gestão eficiente do lixo eletrônico no país, reforçando nossos argumentos do
Manifesto do Lixo Eletrônico. Entre outros aspectos analisados, o extenso estudo procurou identificar os principais problemas e oportunidades na gestão pública e industrial do lixo eletrônico, como o parque industrial de reciclagem, mercado informal, investimentos em inovação e transferência de tecnologia.


Nas conclusões sobre nosso país, o estudo afirma claramente que "... os resíduos eletrônicos não parecem ser uma prioridade para as associações federais representativas da indústria eletrônica...". A corresponte associação brasileira da indústria eletrônica é a ABINEE (Associação Brasileira da Indústria Eletro-Eletrônica) que ainda não divulgou nenhum comunicado sobre a "bronca" documentada que levou no estudo ONU em seu site. O Brasil é classificado juntamente com África do Sul, México entre outros no GRUPO C, ou seja, países com bom potencial para adpatar modelos mais sustentáveis na pré-fabricação de eletrônicos, alguns processos no final de ciclo de vida, se forem realizados investimentos em mudanças tecnológicas e trocas de conhecimentos e inovação, além de integração comercial regional.

O potencial industrial de reciclagem de eletrônicos em seus ciclos finais de vida é insuficiente para a demanda própria de produção desses resíduos em quase todos os países emergentes, segundo o estudo, somente grandes enconomias emergentes como Brasil, China, Índia, México e África do Sul poderiam integrar diversas indústrias, de recicladoras de metais ferrosos às de plásticos e tóxicos, a nível regional. Especificamente na América do Sul, o Brasil, seguido do Chile, são os que apresentam melhores condições de integrar um parque industrial de reciclagem de eletrônicos. Uma das principais oportunidades econômicas é a integração da indústria do aço no ciclo da reciclagem de eletrônicos, tendo o Brasil um potencial destacado nesse cenário, uma vez que é o maior produtor de aço do mundo, e um dos maiores de resíduos eletrônicos em números absolutos, além da possibilidade da comercionalização regional com países vizinhos. Segundo pesquisas anteriores citadas no estudo, 36% do aço produzido no mundo é feito a partir de resíduos do "ferro-velho".


Na fig. 18 podemos ver a relação entre crescimento do mercado informal e formal de reciclagem de eletrônicos. O estudo referido da ONU é realizado pela UNEP - Programa Ambiental das Nações Unidas e da ONG StEP - Solving the E-Waste Problem e encontra-se anexado ao fim do post.

AnexoTamanho
2010_onu_ewaste.pdf2.47 MB

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Saiu o Edital dos Telecentros

(Clique na imagem para ver em melhor resolução)

Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comunidades - Telecentros.BR

O programa Telecentros.BR pretende ajudar na implantação de novos telecentros e fortalecer unidades já existentes no país.

O Programa é resultado de um esforço do Governo Federal, sob orientação da Presidência da República, de coordenação do apoio aos espaços públicos e comunitários de inclusão digital. O apoio será em conexão, computadores, bolsas de auxílio financeiro a jovens monitores, e formação de monitores bolsistas e não-bolsistas que atuem nos telecentros. O objetivo é oferecer condições ao aperfeiçoamento da qualidade e à continuidade das iniciativas em curso, assim como à instalação de novos espaços.

São responsáveis diretos pela coordenação do projeto os Ministérios das Comunicações, da Ciência e Tecnologia e do Planejamento, sendo este último o responsável pela coordenação executiva.

Foi publicado em 24/02/2010 no Diário Oficial da União o Aviso de Seleção Pública de Parcerias MP/MCT/MC Nº 1/2010 referente ao Programa, edital que contém os procedimentos e regras para apresentação de propostas de adesão. Encontra-se aberto o período de inscrições, com prazo até 26/03/2010 para envio eletrônico da proposta.

A concepção, diretrizes e o texto do edital são resultados de um processo de ampla discussão, incluindo consulta pública, realizada de 29/04 a 10/06/09, em que o conjunto de documentos relativos ao Programa esteve disponível para contribuições; chat (conversação em tempo real na Internet) no dia 14 de maio; e audiência pública no dia 19 de maio, em Brasília, com transmissão por videoconferência a 28 localidades.

No dia 28 de outubro, foi publicado no Diário Oficial da União o Decreto Nº 6.991, de 27 de outubro de 2009, que institui o Programa, no âmbito da política de inclusão digital do Governo Federal. No dia 4 de janeiro de 2010, foi publicado no Diário Oficial da União a Portaria Interministerial Nº535/MP/MCT/MC, de 31 de dezembro de 2009, que resolve as regras operacionais, diretrizes e normas para a execução do Programa,no âmbito da política de inclusão digital do Governo Federal.

O procedimento para adesão de entidades proponentes ao Programa e de solicitação dos recursos oferecidos para os telecentros está descrito no aviso de seleção pública de seleção, disponível para download aqui.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Brasil tem tarifa mais cara de celular, diz entidade


GENEBRA - O consumidor brasileiro continua a pagar a fatura mais cara do mundo pelo uso do telefone celular, de acordo com o índice de Paridade de Poder de Compra (PPP), apesar de estar gastando menos de sua renda com esse serviço. É o que mostra a União Internacional de Telecomunicações (UIT) numa comparação entre 159 países. O preço da tarifa do celular no Brasil caiu 25%, da banda larga 52% e da telefonia fixa 63%, levando em conta a renda per capita, que aumentou. Mas o relatório da UIT mostra que esses custos continuam elevados e representam " sério obstáculo " ao acesso e desenvolvimento das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) no país. A utilização de TIC aumenta no mundo, enquanto os preços caem. A demanda é mais forte nos países em desenvolvimento, onde as operadoras devem continuar investindo.

Segundo a entidade, o custo de uso de banda larga caiu 42% no mundo, comparado a 25% para celular e 20% para telefonia fixa. A UIT calcula que 57% das pessoas nos países em desenvolvimento tenham agora acesso a celular, comparado a 23% há cinco anos.

Os usuários de celular chegarão a 5 bilhões no fim do ano, segundo a entidade. Nos países desenvolvidos, a penetração é de mais de 100%.

Sem surpresa, a população dos países ricos gasta menos de sua renda, em percentual, para ter acesso a tecnologia, do que os consumidores dos países em desenvolvimento.

O índice coloca a Suécia como o país mais desenvolvido em termos de acesso, uso e conhecimento de TIC, seguido por Luxemburgo, Coreia do Sul, Dinamarca e Holanda.

Os Estados Unidos ficam na 19ª posição, atrás da França. O Brasil continua em 60º lugar no Índice de Desenvolvimento de TIC. A classificação é a mesma do ano passado.

O brasileiro continua a pagar mais na comparação internacional, apesar de desde o ano passado destinar menos de sua renda para os serviços de telecomunicações. Um preço-chave, para a UIT, é o uso de internet veloz, que continua a ser um luxo reservado a poucos.

No Brasil, o preço do pacote de banda larga leva em conta o custo da assinatura e ficaria em média em US$ 34 em paridade de poder de compra (PPC), comparado a US$ 7 em Israel e US$ 20 nos EUA. A PPC corresponde a taxa de câmbio entre duas moedas, calculada conforme a quantidade de cada moeda que é necessária para comprar um determinado produto e serviço idêntico no país.

No caso do telefone celular, o Brasil fica em 121º lugar entre os 159 países no custo dos serviços. Mas levando em conta a paridade de poder de compra, fica em último. O custo por um pacote de 25 chamadas e 30 torpedos é estimado em US$ 42 por mês, comparado a US$ 1 em Hong Kong, US$ 9,8 na Suíça e US$ 14,6 no México.

A taxa de penetração de celular no Brasil está próxima da taxa de oito anos atrás na Suécia, por exemplo. Para a UIT, isso está claramente ligado aos custos dos serviços no país, apesar da redução na tarifa em 2009. O estudo revela diferenças enormes nos preços entre países. No caso da telefonia fixa, o pacote básico no Brasil custa US$ 13,4 pela assinatura, enquanto no Irã seria de apenas US$ 0,20. A média é de US$ 9 nos países em desenvolvimento.

(Assis Moreira | Valor)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Rede social divulga o que você compra no cartão de crédito em tempo real

ANA IKEDA | Do UOL Tecnologia

Eu sei o que você comprou

  • Paul Sakuma/AP Photo

    Fundadores querem tornar mais “confortável” o ato de compartilhar de informações financeiras na web

Se você já diz no Twitter em que horário toma banho, o que acabou de comer e que filme assistiu, por que não revelar o que acabou de comprar? Pois agora uma nova rede social decidiu mostrar tudo o que você gasta com seu cartão de crédito.

O Blippy, que pode ser sincronizado com contas do Twitter e Facebook, acaba de ser lançado para alcançar um objetivo um tanto bisbilhoteiro: quer que as pessoas façam comentários em tempo real sobre hábitos de compras dos seus amigos.

A rede foi criada por Philip Kaplan – mais conhecido por ter criado um site para ridicularizar empresas ''.com'' falidas – junto com Ashvin Kumar e Chris Estreich.

A ideia inicial dos fundadores era tornar mais “confortável” o compartilhamento de informações financeiras dos indivíduos, que por receio dos usuários não são comumente postadas nas redes sociais.

Para utilizar a rede, é necessário cadastrar seu cartão de crédito no site e a partir daí, cada nova transação fará parte do seu timeline de compras.Você pode conectar também seu perfil a sites de comércio eletrônico, como eBay, iTunes Store, Amazon.

No momento em que esta matéria é escrita, o usuário Tvan acaba de gastar US$ 0,99 na música Foundations, de Kate Nash. Ou seja, uma vez na rede, seus amigos ficarão sabendo, por exemplo, se você gastou todas as suas economias num novo Kindle e quais e-books andou comprando ultimamente.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Conferência Internacional de Cidades Inovadoras 2010


Conferência Internacional de Cidades Inovadoras 2010

Inovação- C uritiba sedia Conferência Internacional de Cidades Inovadoras


Promovida pelo Sistema Fiep, a CICI2010 trará mais de 80 especialistas nacionais e internacionais para debater soluções que promovam a sustentabilidade e a prosperidade econômica e social nas cidades

Entre os dias 10 e 13 de março, Curitiba receberá mais de 80 especialistas de todo o mundo que irão debater caminhos para a construção de realidades urbanas mais inovadoras, prósperas e humanizadas. Uma iniciativa do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (CICI2010) trará experiências de sucesso em planejamento urbano, sustentabilidade, mobilidade, gestão e políticas públicas, entre outras, que transformaram cidades em ambientes propícios ao desenvolvimento econômico, social e ambiental.


Entre os nomes de peso que participarão da conferência estão Steve Johnson (EUA), autor de seis best-sellers que influenciaram desde ações de planejamento urbano até a luta contra o terrorismo; Pierre Lévy (Canadá), filósofo que estuda o conceito de inteligência colet iva; Marc Giget (França), diretor-fundador do Instituto Europeu de Estratégias Criativas e Inovação; Jaime Lerner (Brasil), arquiteto e urbanista, ex-prefeito de Curitiba; Jeff Olson (EUA), arquiteto e urbanista envolvido em projetos que contemplam espaços verdes e meios de transporte alternativos; Marc Weiss (EUA), presidente do Global Urban Development e líder do projeto Climate Prosperity; Clay Shirk (EUA), professor de Efeitos Econômicos e Sociais das Tecnologias da Internet e de New Media na New York University; e o arquiteto Mitsuru Senda (Japão). A lista completa e o currículo dos palestrantes estão no site www.cici2010.org.br.


Representantes de mais de 50 cidades, de todos os continentes, já confirmaram presença na CICI2010. O evento acontecerá dentro da área de mais de 80 mil metros quadrados do Cietep, sede da Fiep no Jardim Botânico que tem localização estratégica, com acesso fácil e rápido ao Aeroporto Internacional Afonso Pena e a apenas 5 quilômetros do centro de Curitiba. São esperados cerca de 1.500 inscritos, que participarão de uma série de atividades durante os quatro dias da conferência.


“A inovação é o único caminho para construirmos uma sociedade sustentá vel. E para que as empresas brasileiras e todo o País inovem é preciso, antes de tudo, que nossas cidades sejam inovadoras”, afirma o presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures. “A CICI2010 será uma grande oportunidade para que possamos pôr nossas cidades definitivamente na rota da inovação”, acrescenta.


Copromovida pelas prefeituras de Curitiba, Lyon (França), Bengaluru (Índia) e Austin (Estados Unidos) e com apoio institucional das Nações Unidas, a conferência é dirigida a empresários, gestores públicos, pesquisadores, estudantes e interessados em inovação. O evento está dividido em quatro grandes temas: “O reflorescimento das cidades”, com experiências de inovações sociais e tecnológicas para a construção de um novo ambiente urbano; “A reinvenção do governo a partir das cidades”, que trará inovações em gestão e experiências de inovações políticas e da cidade como sistema vivo; “A governança do desenvolvimento nas cidades”, uma mostra de experiências de inovações para o desenvolvimento local e apresentação de experiências de inovações para a sustentabilidade; e “Cidade-rede e redes de cidades”, que servirá para a formação do núcleo da Rede de Cidades Inovadoras.


Paralelamente à CICI2010 serão realizados outros eventos integrados, c omo a Conferência Internacional sobre Redes Sociais, o 1º Encontro Internacional de Cidades de Médio Porte e o 2º Encontro de Governos Locais da Índia, Brasil e África do Sul. E será lançado o projeto “Curitiba, Cidade Inovadora 2030”, que visa transformar a cidade e sua região metropolitana em um espaço propício à inovação, à educação e ao surgimento de uma indústria mais sustentável.

Inscrições – As inscrições para a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras podem ser feitas pelo site www.cici2010.org.br. Até 21 de fevereiro, o pacote completo para acompanhar o evento, com acesso liberado a toda a programação da conferência, tem preço promocional de R$ 440,00. Estudantes têm 50% de desconto. Também é possível adquirir pacotes menores, para acompanhar uma ou mais conferências da noite, onde estarão alguns dos principais palestrantes da CICI2010. O pagamento pode ser feito por cartão de crédito ou depósito bancário.



Apoio: Planeta Voluntários

Conferência Internacional de Cidades Inovadoras 2010

Saiba mais: www.cici2010.org.br

Curitiba/ Paraná/ Brasil

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Adeus definitivo ao Kurumin



Com o anúncio do fim do suporte ao Debian Etch, os últimos corajosos e saudosistas que ainda insistiam em utilizar o muito defasado Kurumin 7 encontram o final da linha: ou trocam de sistema ou migram para outras distros. Mas afinal, o que ainda prende tanta gente ao Kurumin tanto tempo depois de ser descontinuado?



Por que fez sucesso?

Para entender tanto saudosismo com a distro, temos que voltar ao cenário Open Source que havia quando o projeto foi iniciado. Quando o projeto Kurumin foi iniciado pelo Morimoto, não havia nenhuma iniciativa realmente produtiva de levar o Linux aos desktops, ainda mais para iniciantes.

Um outro ponto importante do nosso indiozinho é a facilidade de configuração de conexões discadas. O cenário da época em que a internet discada era ainda mais absoluta maioria que hoje, a dificuldade de configuração para esse tipo de acesso afastava a maioria dos usuários, que passaram a ser atraídos por essa facilidade.


Um outro ponto que até hoje causa euforia em 90% dos usuários que já utilizaram o Kurumin são os Ícones Mágicos. Em uma época em que os programas de instalação de softwares como o KPackagekit, o Gdebi e semelhantes eram só ideias não imaginadas pelos seus desenvolvedores - excluindo apenas o Synaptic - , o Morimoto trouxe uma ferramenta que instalava facilmente todos os tipos de aplicativos, além de trazer ao conhecimento dos novatos muitos aplicativos desconhecidos e que seriam bem úteis, como o Beryl (na época "concorrente" do Aglx). Desde jogos, passando por programas de internet e efeitos 3D, o instalador prático que acompanhava o Kurumin ficou famoso em todo o Brasil.


Por último e não menos importante, fica a questão visual e de performance. O Kurumin foi uma das primeiras distribuições a trazer o KDE 3 com um visual muito bem acabado e, ao mesmo tempo, uma leveza impressionante para uma distro com tantas funções e facilidades.


Por que acabou?

O Kurumin teve sete versões, cada uma com evoluções claras em relação a anterior. Utilizando a base Debian, ainda mais complicada naquela época do que é hoje, ele trouxe facilidades nunca antes vistas no mundo Linux. Mas temos que pensar que o desenvolvedor não vive de luz do sol e que manter a maior distribuição nacional e ainda ganhar dinheiro para sobreviver não é nada fácil. Principalmente quando o desenvolvimento do sistema é feito praticamente sozinho.

O surgimento do Ubuntu e o surgimento da preocupação de outras distros com usuários iniciantes também contribuiram para o desenvolvedor achar a distro desnecessária no cenário atual. Falando mais em relação ao Ubuntu, o desenvolvedor acabou considerando que o esforço financeiro da Canonical em relação ao seu sistema acabaria criando uma alternativa para iniciantes muito melhor que o Kurumin jamais seria.

A pressão da comunidade para lançamentos com mais melhorias e em menor tempo também contribuiram muito para a descontinuação da distro.

Mais e agora?

Com a descontinuação dos repositórios da base do último Kurumin, o 7, os usuários tem poucas saídas além de migrar para outra distribuição ou voltar a utilizar o Windows. Uma outra saída desesperada seria trocar os repositórios Etch pelos Lenny - nova versão do Debian -, mas não é uma operação fácil ou rápida e se o usuário tem experiência suficiente para fazer essa operação, o melhor é migrar para o próprio Debian Lenny.

Não há atualmente uma distro com base Debian que chegue perto do que foi o Kurumin. Falando no cenário nacional de distribuições, a única que ainda faz frente aos tempos dourados em que o Kurumin reinava, é o Big Linux que tem base Ubuntu, mas ainda sim é tão leve como um Debian based e tem tantas funções quanto o próprio indiozinho. Falando no cenário internacional, talvez a melhor opção seria o Mint, muito bem falado pelos usuários que já o experimentaram.

Se você ainda pretende continuar com o K7, tenha em mente que as atualizações de segurança já não serão oferecidas e, portanto, você pode estar deixando sua máquina em risco extremo.

Conclusão

Esse post é uma homenagem ao nosso querido Kurumin. Se pudessem ser levantadas estátuas virtuais, o indiozinho iria merecer ao menos uma por tudo o que fez pelo Linux Nacional e internacional. Características como a sua leveza e beleza inspiram desenvolvedores nacionais até hoje, assim como suas ferramentas servem de base, ou no mínimo ideia para os softwares livres nacionais que são desenvolvidos para as distribuições atualmente ativas.

Todos os que chegaram ao Linux através do Kurumin vão sentir sua falta agora que o fim é definitivo e irreversível. Cabe aos que chegaram ao Linux e aprenderam a desenvolver em qualquer linguagem depois disso, continuar o trabalho iniciado pelo Morimoto: levar facilidade gratuitamente para todos. Meu adeus e minhas saudades, Kurumin.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Japoneses querem contratar serviços de desenvolvimento no País

Segundo a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), expectativa é gerar negócios da ordem de R$ 3 milhões em três anos.



Representantes das empresas japonesas NIT (braço de tecnologia da seguradora Nissay) e Rococo visitaram o Brasil entre o fim de janeiro e o início de fevereiro para identificar potenciais parceiros para o desenvolvimento de aplicativos. A Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), que coordenou a aproximação, estima que esses encontros podem gerar negócios da ordem de 3 milhões de reais nos próximos três anos.

Segundo comunicado divulgado pela Softex, o chairman da Nissay, Masatsugu Kohri considera que o fuso horário de 12h entre Brasil e Japão poderá trazer vantagens em relação à redução do tempo para desenvolvimento, testes e implantação, permitindo um ritmo de trabalho de praticamente 24 horas. A empresa também busca no Brasil serviços de monitoramento, manutenção e suporte remoto a servidores, reduzindo custos com o pagamento de horário noturno a técnicos japoneses.

Os encontros ocorreram em São Paulo e em Campinas (SP), com as seguintes empresas brasileiras: Business & Solutions, especializada no desenvolvimento de aplicativos para o ramo de seguros; UBIK do Brasil, de projetos de infraestrutura de TI; consórcio Curitiba Global IT; Ogeda IT Solutions; BRQ; Stefanini; Algar Tecnologia e Ci&T.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

MinC: plano de banda larga deveria entrar em consulta pública


O Fórum da Cultura Digital publicou, na semana passada, um documento com a posição da Coordenação de Cultura Digital, da Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, sobre o Plano Nacional de Banda Larga. O documento serviu de subsídio para a participação do Secretário Executivo do MinC, Alfredo Manevy, na reunião de ministros sobre o PNBL, na quinta-feira passada, dia 4..

No texto, o MinC "considera fundamental que se realize uma etapa de consulta pública sobre a proposta, de forma que todos aqueles que não participaram do processo de formulação tenham a oportunidade de se manifestar e se fazer ouvir na consolidação final do plano".

Não está prevista uma fase de consulta pública para o plano. A informação do assessor especial da Presidência da República, Cezar Alvarez, é de que serão realizadas mesas de negociação com diversos setores da sociedade, depois da divulgação do plano do governo.

Está marcada para amanhã, dia 10, uma reunião dos representantes do governo federal com o presidente. A expectativa é de que se conclua o plano nesta reunião.

Além de chamar a atenção para a necessidade de uma consulta pública, as propostas do Minc têm como foco a oferta de conexões públicas não somente para prefeituras mas para comunidades. A proposta do ministério considera fundamental:

1. usar a rede pública para a conexão de prefeituras, a custos bem acessíveis, para interligar não só órgãos de governo mas também infra-estruturas de acesso comunitárias, e viabilizando projetos de acesso wireless público. E criar, com isso, uma política nacional de cidades digitais.

2. usar a rede pública para conexão de órgãos e iniciativas de educação e cultura –- escolas, bibliotecas, museus, pontos de cultura (mídia livre, livro e leitura) e espaços multi-uso MaisCultura — com redes de alta velocidade. Estes equipamentos culturais podem hospedar servidores livres / públicos e também atuar como pontos de distribuição para outras conexões públicas.

3. Classificar a banda larga como um serviço público essencial, com status semelhante ao da telefonia fixa e aos fornecimentos de água e energia elétrica. Como serviço público, torna-se possível estabelecer obrigações de universalização, de preços e tarifas.

Essas propostas foram elaboradas com base no conteúdo do grupo e do blog relativo ao eixo infra-estrutura do ‘Fórum da Cultura Digital Brasileira’, nos relatórios de Diogo Moyses, curador do processo colaborativo e das atividades relativas ao tema no ‘Seminário Internacional CulturaDigitalBR’, e nas colaborações relativas ao tema ‘banda larga’ no âmbito dos debates para a formulação colaborativa do Marco Civil da Internet no Brasil.

Veja a íntegra do texto do Minc no Fórum da Cultura Digital.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Vamos combater a exploração sexual no Carnaval


Portal Pró-Menino apoia campanhas pela internet segura e contra a exploração sexual de crianças

O Portal Pró-Menino, da Fundação Telefônica, está engajado em duas grandes campanhas de proteção de crianças e adolescentes que acontecem este mês: Dia da Internet Segura e campanha contra exploração sexual infantil no Carnaval.

Para comemorar o Dia da Internet Segura (9 de fevereiro), o portal contará com um conteúdo especial, incluindo vídeo, cartilha e divulgação de eventos. O Pró-Menino também promoverá um vídeo-chat com o diretor de Prevenção da SaferNet, Rodrigo Nejm, amanhã, às 13h.

A data é uma iniciativa que mobiliza países de todo o mundo para promover o uso seguro da Internet. Foi organizada pela Insafe, rede que agrupa as organizações que trabalham na promoção do uso consciente da web nos países da União Européia. No Brasil, a organização do evento está sob a responsabilidade da SaferNet Brasil , do Ministério Público Federal e do Comitê Gestor da Internet. Neste ano, o tema central será: "Pense Antes de Postar".

Carnaval sem exploração sexual

O Portal também lança conteúdo especial contra a exploração sexual de crianças e adolescentes durante o Carnaval. A página mostrará as iniciativas na área, como a campanha que a Secretaria Especial de Direitos Humanos está promovendo, capitaneada pela primeira-dama, Marisa Letícia. Com o slogan “Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes é Crime. Denuncie! Procure o Conselho Tutelar de sua cidade ou disque 100”, a campanha tem por objetivo prevenir a exploração sexual de crianças e adolescentes – além de enfatizar que as denúncias devem ser feitas não somente ao Disque 100, mas também aos Conselhos Tutelares.

Também serão apresentadas propostas de sensibilização como a da Escola de Samba Grande Rio, que terá bloco mirim com o tema, e do Bloco Eureca (Eu Reconheço o Estatuto da Criança e do Adolescente), do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, que contará com centenas de crianças e adolescentes participando da "Folia Cidadã", em cidades paulistas.

O Portal Pró-Menino é uma iniciativa da Fundação Telefônica que busca contribuir para a garantia dos direitos de crianças e adolescentes, por meio da disseminação da informação, do apoio a organizações que lidam com esta temática e da sensibilização da população em geral. Conta atualmente com cerca de 150 mil visitantes por mês. (Da assessoria de imprensa)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Cursos visam suprir formação técnica e de gestão em TI

Veja algumas opções de cursos oferecidos neste início de ano.

Por Redação da Computerworld





Início de ano é sempre uma boa oportunidade para dar um upgrade na carreira, sobretudo para quem atua nas áreas de TI e Telecom. Dados da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) mostram que o déficit de mão-de-obra no País chega a 100 mil pessoas, tanto de profissionais com perfil de gestão quanto técnicos. Confira alguns cursos de extensão que estão oferecidos neste primeiro semestre:

Redes WiMax

A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (PECE/Poli), por meio do programa de educação continuada, criou o curso “Projetos de Redes WiMax”. O objetivo é dar aos alunos maior formação técnica, levando-os a executar projetos na área, segundo afirma o professor da Poli e coordenador do programa de treinamento, Wagner Luiz Zucchi.

O curso tem duração de 30 horas e é voltado a profissionais de Engenharia, Tecnologia da Informação e afins. Exige-se que o interessado tenha sólida formação superior, experiência em arquitetura de redes e conhecimentos básicos de inglês. As inscrições estão abertas até o dia 19 de fevereiro e as aulas têm início em março de 2010, uma vez por semana à noite.

O ingresso é feito por meio de processo seletivo, que inclui análise de currículo e entrevista. Mais informações podem ser obtidas no site www.pecepoli.com.br ou pelo telefone (11) 2998-0000.

Gestão da Informação

A Fundação Instituto de Administração (FIA) abriu inscrições para o curso de pós-graduação em “Processo para Gestão da Informação”. Com conteúdo ampliado, a quarta turma do curso, com início em 30 de março, em São Paulo, é destinado a gestores e profissionais que estão em cargos estratégicos.

O curso tem 460 horas e dá enfoque em processos de data mining, CRM, gestão e sistemas de informação, obtenção, tratamento, análise e difusão de dados obtidos a partir de fontes internas e externas à empresa. As inscrições podem ser feitas até dia 12 de março. Mais informações pelo telefone (11) 3818-4091.

Especialização em Tecnologia da Informação

Voltado para preencher lacunas deixadas pelos cursos de graduação, tanto nas áreas gerencial quanto técnica, a Poli USP (PECE/Poli), em seu programa de educação continuada, oferece o curso de especialização em Tecnologia da Informação.

O curso é estruturado em dois módulos: tecnológico e projeto. O primeiro engloba desde conhecimentos básicos até recentes tendências do setor. O segundo tem caráter prático, em que o aluno elabora um trabalho (monografia) que expressa o entendimento dos conhecimentos adquiridos aplicados à sua experiência profissional.

O curso é direcionado a gerentes, especialistas ou técnicos da área de TI. A especialização tem duração de dois anos e abrange 13 disciplinas. As aulas, com início em março, acontecem em São Paulo, duas vezes por semana à noite. O ingresso é feito por meio de processo seletivo, que inclui análise de currículo e entrevista. Mais informações podem ser obtidas no site www.pecepoli.com.br ou pelo telefone (11) 2106-2400.