quarta-feira, 31 de março de 2010

Abertas inscrições de trabalhos para o 34º Encontro Anual da Anpocs, cujo tema será Ciberpolítica, Ciberativismo e Cibercultura


Já estão abertas as inscrições de tabalhos para o 34º Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), que vai ser realizado de 25 a 29 de outubro, em Caxambu (MG). O Seminário Temático (ST) será sobre Ciberpolítica, Ciberativismo e Cibercultura. Poderão apresentar trabalhos mestrandos, mestres e doutores.

Os resumos de textos devem ser enviados até o dia 26 de abril.


O ST Ciberpolítica, ciberativismo e cibercultura pretende reunir pesquisadores que investigam os impactos das NTICs sobre várias dimensões das sociedades contemporâneas, tendo como foco três campos de investigação: a) ciberativismo, ou seja, o emprego das NTICs para promover novas formas de ação coletiva e ampliação da cidadania; b) ciberpolítica, ou seja, os impactos das NTICs sobre os sistemas políticos, abrangendo desde as instituições tradicionais de tais sistemas, até a criação de novos espaços de deliberação e participação propiciados pelo emprego destas mesmas NTICs na esfera pública; c) cibercultura, isto é, trabalhos que investigam como as NTICs estão propiciando a emergência de novas formas de identidades coletivas e processos de criação simbólica que integram os diversos atores sociais em novos universos de referência cultural.
Mais informações sobre os seminários e regras para submissão de papers e painéis podem ser encontradas no portal da Anpocs:

www.encontroanpocs.org.br/2010

sexta-feira, 26 de março de 2010

Meio quilo por habitante


É quanto o Brasil gera, todos os anos, contando apenas os computadores pessoais jogados fora.
Patrícia Cornils


ARede nº56.março de 2010 - O Brasil é campeão na geração de lixo eletrônico a partir de computadores, de acordo com estudo realizado, em onze países emergentes, pelo Programa Ambiental das Nações Unidas (Unep) e pela organização não-governamental Solving the E-Waste Problem (StEP). Divulgado em fevereiro, o levantamento mostra que os computadores que vão para o lixo todos os anos, no Brasil, somam mais de 0,5 quilo de resíduos por habitante. Poderiam ser recondicionados e continuar em uso. Ou ser reciclados, para que os componentes voltassem à cadeia de produção. Mas são descartados, e, pior, sem nenhum cuidado para impedir que os itens tóxicos contaminem o ambiente. Depois do Brasil, no estudo, estão África do Sul, México e Marrocos, que geram entre 0,4 e 0,5 quilo por habitante/ano de lixo; Peru e China, com 0,2 quilo/habitante/ano; e Senegal, Kenya, Uganda, Colômbia e Índia (0,15 por habitante/ano).


Se forem considerados, além de computadores, outros equipamentos eletrônicos, a quantidade de lixo eletrônico gerada pelos brasileiros chega a 1,9 quilo por habitante por ano.
Além de ocupar o primeiro lugar em descarte irresponsável de computadores, o país – o que tem menos dados e estudos oficiais ou centralizados sobre o tema, entre os participantes da pesquisa – também é o mais carente de marcos regulatórios para definir as responsabilidades dos consumidores, fabricantes e do poder público na gestão desses resíduos e na maneira de descartá-los. “O estudo equivale a uma senhora bronca no governo brasileiro e nas associações de classe do setor eletroeletrônico”, observa Felipe Andueza, analista ambiental e participante do Coletivo Lixo Eletrônico. Parece que o lixo eletrônico não é muita prioridade para a associação que representa, a nível federal, a maioria das empresas de fabricação ou montagem, escreveram os autores do estudo da Unep. “A ausência de uma lei geral de gerenciamento de resíduos é o principal obstáculo para que se regulamente o que fazer com o lixo eletrônico”, completam. Um grupo de trabalho criado na Câmara dos Deputados para debater o Plano Nacional de Resíduos Sólidos apresentou seu relatório final, em outubro, mas o texto não foi ainda aprovado pela Comissão de Meio


Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Casa. Não se sabe quando a proposta, que desde 1991 teve variadas versões no Congresso, vai a plenário. Enquanto isso, aumenta a quantidade de lixo eletrônico gerada no Brasil. O estudo da Unep considerou, a partir de dados sobre a base instalada, que o Brasil gerou, em 2005, 368,3 mil toneladas de resíduos eletroeletrônicos (computadores, impressoras, celulares, televisores e refrigeradores), dos quais 96,8 mil seriam computadores.
Avalanche de lixo
No estudo, o ciclo de vida de um computador foi definido em cinco anos. Comparando-se os PCs vendidos no país em 2000 (2,9 milhões de desktops) e os vendidos em 2009 (12 milhões de desktops e notebooks), pode-se imaginar como o problema aumentou. “O descarte de equipamentos, no Brasil, não tem relação proporcional com o aumento do consumo porque os eletrônicos raramente são jogados fora quando quebram ou são substituídos por outro mais novo. Em geral, são estocados ou reutilizados antes de ser descartados, ao se tornarem realmente obsoletos”, explica Andueza. Além disso, a maior parte das pesquisas não leva em conta os equipamentos comprados no mercado informal. Não há dados confiáveis sobre o descarte enquanto não houver modelo de responsabilidade definido e sistema de coleta implementado, lamenta ele.
De qualquer maneira, pode-se supor que os números são gigantes. Em 2008, a comissão de sustentabilidade do Centro de Computação Eletrônica da


Universidade de São Paulo (CCE/USP) recolheu, no Dia do Meio Ambiente, seus equipamentos fora de uso. Também pediu aos 200 funcionários para levarem as máquinas obsoletas que tivessem em casa. Em um só dia, foram reunidas cinco toneladas de equipamentos. A USP tem mais de 15 mil funcionários e mais de 8 mil professores, compara a professora Tereza Cristina M. B. Carvalho, diretora do CCE. “Quanto não se deve gerar de lixo eletrônico, somente nos campi da universidade?”, questiona ela. De posse das cinco toneladas de lixo eletrônico, o CCE começou a procurar empresas de reciclagem. Só uma aceitou o lixo, pelo qual pagaria R$ 1,2 mil, se a instituição concordasse em transportar o material até o local de reciclagem. Em São Paulo, há cerca de 450 empresas de reciclagem, calcula a professora: “Estranhamos o fato de que não se interessaram pelos descartes e submetemos ao Massachussets Institute of Technology (MIT) um projeto para pesquisar por quê isso acontecia”.
A pesquisa constatou que essas empresas são muito especializadas: uma recicla apenas plásticos, outra, metais ferrosos, outra, metais não-ferrosos, outra, vidros. Por isso, o lixo só interessa depois de separado. O CCE fez, então, um convênio com a Itautec, que tem um centro de logística reversa, para adquirir tecnologia de separar os equipamentos. O CCE investiu R$ 630 mil na implantação do Centro de Descarte e Reúso de Resíduos de Informática (Cedir), cuja finalidade é receber, separar e encaminhar a empresas de reciclagem as máquinas descartadas pela USP. O Cedir tem como meta processar até 500 computadores por mês (cada um pesa dez quilos, em média) mas dispõe de capacidade para chegar a mil. O foco era receber os descartes da USP, mas a notícia da inauguração, em dezembro, gerou uma demanda enorme por parte de pessoas que querem dar um fim ambientalmente seguro a seus equipamentos.




Diariamente, chegam de 20 a 40 e-mails de pessoas querendo doar máquinas. Portanto, a partir de abril, o centro vai receber doações do público.


A premissa básica do Cedir é garantir um fim sustentável para o lixo eletrônico, fazendo-o voltar à cadeia produtiva por meio da reciclagem dos componentes reaproveitáveis, ou os entregando a empresas que realizem um descarte final ambientalmente correto. O centro pretende recuperar o investimento inicial e se tornar economicamente sustentável em três anos. No momento, se dedica a rever seus processos de separação de resíduos, para entregá-los de maneira atraente às recicladoras com as quais pretende fazer parceria. O Cedir também estuda formas de trabalhar em conjunto com comunidades ou associações de catadores, com o propósito de agregar uma dimensão social ao projeto.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Instituto do Legislativo promove palestra sobre Linux


O Instituto do Legislativo Paulista (ILP) irá promover, para toda a comunidade, a palestra Linux: Os programas gratuitos como fonte de inclusão social, em 26 de março, sexta-feira, com objetivo formar agentes multiplicadores de forma a disseminar o conhecimento sobre novas ferramentas da informática disponíveis à população. A palestra será ministrada por Cristina Simões e acontecerá na sala de aula do Instituto, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, das 16h às 19 horas.


Diante das constantes modificações tecnológicas que têm sofrido a sociedade atual, ter conhecimento dos diversos sistemas e programas de computador torna-se uma forma eficiente de administração do tempo, dos relacionamentos, procura por trabalho e exercício da cidadania. Na palestra serão abordados o histórico e as vantagens do uso, além do impacto social e econômico do sistema operacional.


Para se inscrever, a fim de assistir a palestra, o interessado deve acessar página do ILP na internet

Sistema operacional desenvolvido pelo finlandês Linus Torvalds, no Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Helsinki, o Linux, implantado em 05 de outubro de 1991, tem grande aceitação por conta da arquitetura interna e portabilidade.



O simpático pinguim como mascote do surge, em 1996, contrariando a ideia que um sistema operacional de informática deveria ser simbolizado por montros ou animais agressivos.

terça-feira, 23 de março de 2010

Acabando com a guerra de trincheiras da internet


23/03/2010 - O professor Yochai Benkler, um dos mais importantes pesquisadores sobre a internet e o surgimento da economia da sociedade em rede, publicou ontem, no New York Times, um
artigo em que critica o Plano de Banda Larga dos Estados Unidos, anunciado na semana passada pela Federal Communications Commision, a agência reguladora de telecomunicações.

O ponto central de sua crítica é que o plano da FCC poderá incentivar o aumento da rede de banda larga daquele país, mas dificilmente vai conseguir que o serviço chegue a preços acessíveis e velocidades altas aos lares americanos, porque não estimula a competição entre várias operadoras.

O texto, escreveu Demi Getschko em sua página no Twitter, tem paralelos interessantes com o Brasil. É verdade: na maior parte do país não há competição no provimento de serviços de banda larga. E este é um dado fundamental a ser levado em consideração quando o país está fazendo seu próprio plano para tornar a banda larga acessível -- em termos de existência da rede e de preços que os brasileiros possam pagar -- a todo o país. Segue a tradução do artigo:

"Imagine que por US$ 33,00 mensais você poderia contratar um acesso à internet duas vezes mais rápido do que você recebe, hoje, da Verizon ou da Comcast, em um pacote com TV digital de alta definição, sem limite de chamadas de longa distância ou internacionais para 70 países e conexão sem fio para seu laptop ou smartphone em boa parte do país.

Você pode comprar um pacote assim na França e há serviços com preços e velocidades parecidos em outros países onde há competição no mercado de telecomunicações. Mas não nos Estados Unidos. Os preços aqui são de três a cinco vezes mais caros para os serviços com maior velocidade -- são os preços mais altos entre os países desenvolvidos.

O Plano Nacional de Banda Larga da Federal Communications Commission (FCC), anunciado na semana passada, tem como meta oferecer serviços de banda larga quase universais e a preços acessíveis até 2020. Ao mesmo tempo em que dá passos maravilhosos -- incluindo esforços importantes para abrir espaço no espectro de frequências -- ele não vai à raiz do problema de acesso: sem uma ampla política de estímulo à competição, os Estados Unidos vão continuar na lanterninha dos países desenvolvidos no que diz respeito ao serviço de banda larga.

Veja as "100 Squared Initiative” da FCC, iniciativa prevista no plano para entregar serviços de 100 megabits-por-segundo a 100 milhões de lares americanos, com tarifas acessíveis, até 2020. Alcançar a velocidade desejada não vai ser complicado, a indústria já está a caminho de chegar lá nos próximos dez anos.

O problema é o preço acessível -- porque não há competição forçando uma queda nesses preços. De acordo com o plano, apenas 15% dos lares poderão escolher entre mais de um provedor. Mesmo assim, com uma escolha limitada entre a rede de fibras ópticas FiOS da Verizon FiOS e a rede da TV a cabo local (a oferta de “fibra” da AT&T é somente um ADSL vitaminado, transmitindo parcialmente sobre os fios de cobre da empresa, e não pode competir em altas velocidades). Os outros 85% dos lares americanos só vão poder comprar serviços de um provedor.

No ano passado fiz, com meus colegas, um estudo para a Federal Communications Commission mostrando que um motivo fundamental para outros países terem conseguido expandir o acesso à banda larga e, ao mesmo tempo, reduzir os preços ao longo da década passada foi o compromisso com políticas de acesso aberto às redes de telecomunicações (open-access), determinando que as operadoras construíssem redes para vender capacidade para seus competidores que, por sua vez, investiram, e competiram, nessas redes.

Esses países se deram conta de que a inovação ocorre na eletrônica e nos serviços — não no trabalho de esticar ou enterrar cabos. Se toda empresa precisa cavar seus próprios buracos para implantar seus cabos, o preço de entrada no negócio se torna muito alto e a competição não acontece; com o tempo, a inovação deixa de acontecer e a meta de melhor e mais amplo acesso claudica.

As operadoras locais argumentam que merecem o controle sobre o mercado porque investiram uma quantidade enorme de dinheiro cavando rotas e enterrando os cabos de suas redes de telecomunicações. É realmente caro fazer isso. Mas outros países estão criando formas para que mais competidores compartilhem o risco de implantar fibras, algumas vezes em conjunto com investimentos públicos, para que as operadoras dominantes consigam conviver com a concorrência sem se ferir desnecessariamente.

Fazer uma articulação como esta funcionar é, em última instância, uma questão de vontade política. No Japão e em vários países da Europa os órgãos reguladores brigaram muito para que as operadoras existentes aderissem ao acesso aberto. Ganharam a briga e hoje, nesses países, há competição, preços baixos e velocidades mais altas. E uma política como esta está claramente ausente do plano da FCC.

O Telecommunications Act de 1996 (a lei das telecomunicações dos EUA) na verdade colocou os Estados Unidos na direção do acesso aberto. Mas depois de oito anos de intensas disputas legais e lobbies das operadoras de telefonia, a FCC se entregou e decidiu que a competição entre uma operadora dominante e uma operadora de TV a cabo seria suficiente — essencialmente, rejeitou o acesso aberto como uma maneira de criar competição.

Mas sem um forte compromisso com o acesso livre, as coisas vão ficar piores ainda. Por causa do alto custo de implantar sua própria rede de fibras ópticas de próxima geração, possíveis competidores como a AT&T e a Qwest abandonaram a meta de fazer redes de fibras ópticas para os chegar aos domicílios americanos, deixando os serviços de maior velocidade nas mãos das operadoras de TV a cabo.

Essas empresas não estão disfarçando sua satisfação: um recente relatório de investidores da Time-Warner alardeou a capacidade da operadora de praticar preços maiores nos mercados onde seus potenciais competidores oferecem apenas serviços DSL.

O plano de banda larga da FCC não abre mão da competição completamente. Recomenda uma série de coisas que trazem somente pequenas, ainda que produtivas, vantagens: por exemplo, prevê o recolhimento de dados sobre taxas de velocidade, que poderão demonstrar como a estrutura de monopólio faz os preços aumentarem e prejudica o acesso.

Infelizmente, no entanto, importantes membros da equipe da FCC admitiram em entrevistas que a pressão do lobby dos monopólios é muito forte mesmo para começar a estudar alternativas de acesso aberto neste momento.

Pode ser. Mas a decisão da FCC gera riscos reais. Se for mantido este curso, a nova política da comissão vai construir uma rede sem fio mais poderosa em torno de um sistema de monopólio mais entrincheirado, criando um obstáculo insuperável para o trabalho de fazer com que a rede de banda larga dos Estados Unidos alcance a velocidade do resto do mundo."

Yochai Benkler é professor e co-diretor do Berkman Center for Internet and Society da escola de Direito de Harvard.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Cursos gratuitos do Sebrae, pela internet.

Entre as opções de cursos oferecidos peloSebrae estão: Iniciando um Pequeno Negócio, que oferece noções de gestão de um empreendimento; Aprendendo a Empreender, com noções de legislação e mercado; Como Vender Mais e Melhor, para maior eficiência na prática de vendas; e Análise e Planejamento Financeiro, que desenvolve competências para analisar e projetar estratégias empresariais a partir de diversas informações financeiras.

Cada curso tem carga horária mínima de 15 horas.

O participante conta com o apoio e a orientação de um tutor experiente, que esclarece dúvidas e estimula discussões de temas importantes para o empreendedor. Durante a capacitação, há a possibilidade de interagir com outros participantes. E, ao final, um certificado de participação é enviado à casa do aluno. No momento, o curso disponível é Empreendedor Individual, que fala sobre as vantagens, quando e como se legalizar, burocracias, evolução das micro e pequenas empresas e outros assuntos.

Inscrições e mais informações: www.sebrae.com.br

sexta-feira, 19 de março de 2010

COMEÇA HOJE AS INSCRIÇÕES PARA CONCURSO PÚBLICO DA CAIXA

Caixa lança dois concursos de nível médio para cadastro de reserva

Remuneração é de R$ 1.452,00 para jornada de 6 horas diárias. Inscrições começam dia 19 de março

A Caixa Econômica Federal lançou dois editais de concursos públicos que vão formar cadastro de reserva para o nível inicial do cargo de Técnico Bancário Novo. Um deles será para lotação exclusiva nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, enquanto que o outro abre oportunidade para lotação nos demais estados. A escolaridade exigida é o nível médio, sendo que as atribuições do cargo são de atendimento aos clientes e ao público em geral e execução de atividades administrativas, de programas e serviços do banco.

A remuneração do cargo oferecido é de R$ 1.452,00, para uma jornada de 6 horas diárias e há vantagens como participação nos lucros e resultados, possibilidade de participação em Plano de Saúde e em Plano de Previdência Complementar, auxílio refeição e auxílio cesta-alimentação.

Os interessados no concurso com lotação no Rio de Janeiro e São Paulo podem se inscrever no site www.cespe.unb.br/concursos/caixanm12010 entre os dias 19 de março a 6 de abril. O mesmo período vale para inscrições visando lotação em outros estados, que podem ser feitas no site www.cespe.unb.br/concursos/caixanm22010. Em ambos, a taxa de participação é de R$ 27,00.

A contratação será efetivada quando houver o surgimento de vagas no quadro de funcionários da Caixa. No ato da inscrição, o candidato deverá optar por polo, que estará vinculado a um macropolo de classificação e a uma cidade de realização de provas. Os concursos terão prazo de validade de dois anos.

PROVAS As seleções serão realizadas por meio de provas objetivas de responsabilidade do Cespe/UnB. Os candidatos do concurso para Rio de Janeiro e São Paulo realizam provas na data provável no dia 9 de maio, na capital fluminense e nas cidades de Niterói (RJ), Campos dos Goytacazes (RJ), Volta Redonda (RJ), Nova Iguaçu (RJ), além de São Paulo (SP), Osasco (SP), Ribeirão Preto (SP), Franca (SP), Piracicaba (SP), São Carlos (SP), Jundiaí (SP), Bauru (SP), Campinas (SP), São José dos Campos (SP), Sorocaba (SP), São José do Rio Preto (SP), Presidente Prudente (SP), Santos (SP) e São Bernardo do Campo (SP).

No dia 16 de maio será a vez das provas para os candidatos ao posto em outros estados, que serão realizadas nas cidades relacionadas em edital cuja escolha deverá ser feita no momento da inscrição.

SERVIÇO

Concursos: Caixa Econômica Federal
Cargos: Técnico Bancário Novo
Vagas: Cadastro de Reserva
Inscrições: 19 de março a 6 de abril
Taxas de inscrição: R$ 27,00
Remuneração: R$ 1.452,00
Provas objetivas: 9 de maio para Rio de Janeiro e São Paulo e 16 de maio para demais estados

CONTATO
Outras informações nos endereços eletrônicos
www.cespe.unb.br/concursos/caixanm12010 e www.cespe.unb.br/concursos/caixanm22010 ou na Central de Atendimento do Cespe/UnB, de segunda a sexta, das 8h às 19h – Campus Universitário Darcy Ribeiro, Edifício Sede do Cespe/UnB – pelo telefone (61) 3448 0100.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Concurso da CAIXA - Inscrições.

Caixa lança dois concursos de nível médio para cadastro de reserva

Remuneração é de R$ 1.452,00 para jornada de 6 horas diárias. Inscrições começam dia 19 de março

A Caixa Econômica Federal lançou dois editais de concursos públicos que vão formar cadastro de reserva para o nível inicial do cargo de Técnico Bancário Novo. Um deles será para lotação exclusiva nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, enquanto que o outro abre oportunidade para lotação nos demais estados. A escolaridade exigida é o nível médio, sendo que as atribuições do cargo são de atendimento aos clientes e ao público em geral e execução de atividades administrativas, de programas e serviços do banco.

A remuneração do cargo oferecido é de R$ 1.452,00, para uma jornada de 6 horas diárias e há vantagens como participação nos lucros e resultados, possibilidade de participação em Plano de Saúde e em Plano de Previdência Complementar, auxílio refeição e auxílio cesta-alimentação.

Os interessados no concurso com lotação no Rio de Janeiro e São Paulo podem se inscrever no site www.cespe.unb.br/concursos/caixanm12010 entre os dias 19 de março a 6 de abril. O mesmo período vale para inscrições visando lotação em outros estados, que podem ser feitas no site www.cespe.unb.br/concursos/caixanm22010. Em ambos, a taxa de participação é de R$ 27,00.

A contratação será efetivada quando houver o surgimento de vagas no quadro de funcionários da Caixa. No ato da inscrição, o candidato deverá optar por polo, que estará vinculado a um macropolo de classificação e a uma cidade de realização de provas. Os concursos terão prazo de validade de dois anos.

PROVAS As seleções serão realizadas por meio de provas objetivas de responsabilidade do Cespe/UnB. Os candidatos do concurso para Rio de Janeiro e São Paulo realizam provas na data provável no dia 9 de maio, na capital fluminense e nas cidades de Niterói (RJ), Campos dos Goytacazes (RJ), Volta Redonda (RJ), Nova Iguaçu (RJ), além de São Paulo (SP), Osasco (SP), Ribeirão Preto (SP), Franca (SP), Piracicaba (SP), São Carlos (SP), Jundiaí (SP), Bauru (SP), Campinas (SP), São José dos Campos (SP), Sorocaba (SP), São José do Rio Preto (SP), Presidente Prudente (SP), Santos (SP) e São Bernardo do Campo (SP).

No dia 16 de maio será a vez das provas para os candidatos ao posto em outros estados, que serão realizadas nas cidades relacionadas em edital cuja escolha deverá ser feita no momento da inscrição.

SERVIÇO

Concursos: Caixa Econômica Federal
Cargos: Técnico Bancário Novo
Vagas: Cadastro de Reserva
Inscrições: 19 de março a 6 de abril
Taxas de inscrição: R$ 27,00
Remuneração: R$ 1.452,00
Provas objetivas: 9 de maio para Rio de Janeiro e São Paulo e 16 de maio para demais estados

CONTATO
Outras informações nos endereços eletrônicos
www.cespe.unb.br/concursos/caixanm12010 e www.cespe.unb.br/concursos/caixanm22010 ou na Central de Atendimento do Cespe/UnB, de segunda a sexta, das 8h às 19h – Campus Universitário Darcy Ribeiro, Edifício Sede do Cespe/UnB – pelo telefone (61) 3448 0100.

segunda-feira, 15 de março de 2010

CAIXA abre Concurso.

Caixa lança dois concursos de nível médio para cadastro de reserva

Remuneração é de R$ 1.452,00 para jornada de 6 horas diárias. Inscrições começam dia 19 de março

A Caixa Econômica Federal lançou dois editais de concursos públicos que vão formar cadastro de reserva para o nível inicial do cargo de Técnico Bancário Novo. Um deles será para lotação exclusiva nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, enquanto que o outro abre oportunidade para lotação nos demais estados. A escolaridade exigida é o nível médio, sendo que as atribuições do cargo são de atendimento aos clientes e ao público em geral e execução de atividades administrativas, de programas e serviços do banco.

A remuneração do cargo oferecido é de R$ 1.452,00, para uma jornada de 6 horas diárias e há vantagens como participação nos lucros e resultados, possibilidade de participação em Plano de Saúde e em Plano de Previdência Complementar, auxílio refeição e auxílio cesta-alimentação.

Os interessados no concurso com lotação no Rio de Janeiro e São Paulo podem se inscrever no site www.cespe.unb.br/concursos/caixanm12010 entre os dias 19 de março a 6 de abril. O mesmo período vale para inscrições visando lotação em outros estados, que podem ser feitas no site www.cespe.unb.br/concursos/caixanm22010. Em ambos, a taxa de participação é de R$ 27,00.

A contratação será efetivada quando houver o surgimento de vagas no quadro de funcionários da Caixa. No ato da inscrição, o candidato deverá optar por polo, que estará vinculado a um macropolo de classificação e a uma cidade de realização de provas. Os concursos terão prazo de validade de dois anos.

PROVAS As seleções serão realizadas por meio de provas objetivas de responsabilidade do Cespe/UnB. Os candidatos do concurso para Rio de Janeiro e São Paulo realizam provas na data provável no dia 9 de maio, na capital fluminense e nas cidades de Niterói (RJ), Campos dos Goytacazes (RJ), Volta Redonda (RJ), Nova Iguaçu (RJ), além de São Paulo (SP), Osasco (SP), Ribeirão Preto (SP), Franca (SP), Piracicaba (SP), São Carlos (SP), Jundiaí (SP), Bauru (SP), Campinas (SP), São José dos Campos (SP), Sorocaba (SP), São José do Rio Preto (SP), Presidente Prudente (SP), Santos (SP) e São Bernardo do Campo (SP).

No dia 16 de maio será a vez das provas para os candidatos ao posto em outros estados, que serão realizadas nas cidades relacionadas em edital cuja escolha deverá ser feita no momento da inscrição.

SERVIÇO

Concursos: Caixa Econômica Federal
Cargos: Técnico Bancário Novo
Vagas: Cadastro de Reserva
Inscrições: 19 de março a 6 de abril
Taxas de inscrição: R$ 27,00
Remuneração: R$ 1.452,00
Provas objetivas: 9 de maio para Rio de Janeiro e São Paulo e 16 de maio para demais estados

CONTATO
Outras informações nos endereços eletrônicos
www.cespe.unb.br/concursos/caixanm12010 e www.cespe.unb.br/concursos/caixanm22010 ou na Central de Atendimento do Cespe/UnB, de segunda a sexta, das 8h às 19h – Campus Universitário Darcy Ribeiro, Edifício Sede do Cespe/UnB – pelo telefone (61) 3448 0100.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Depois de 19 anos, Câmara aprova Lei Nacional de Resíduos Sólidos.



A Revista Sustentabilidade publicou uma boa matéria sobre a aprovação, pela Câmara dos Deputados, depois de 19 anos de tramitação, da Política Nacional de Resíduos Sólidos. A notícia é boa e importantíssima, porque o Brasil não tem, ainda, um marco regulatório que defina responsabilidades e obrigações referentes ao descarte e reciclagem de resíduos. "Após a movimentação política de ambientalistas e também do nosso Manifesto do Lixo Eletrônico, os aparelhos eletroeletrônicos e lâmpadas fluorescentes deverão ser coletados obrigatoriamente, processo conhecido como logística reversa. É um avanço otimista, visto a bronca da ONU sobre a gestão brasileira de resíduos eletrônicos", publicou o blog Lixo Eletrônico sobre a aprovação. O Projeto de Lei 203/1991 agora será ser submetido ao Senado e, uma vez aprovado, encaminhado à sanção do Presidente da República.

Os pontos importantes e inovadores da lei são, de acordo com o deputado Arnaldo Madeira (PPS/SP), os seguintes: responsabilidade compartilhada; gestão integrada; inventário; sistema declaratório anual; acordos setoriais; ciclo de vida do produto; não-geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; logística reversa; princípios do direito ambiental; a elaboração de planos de gestão (em nível Nacional, dos Estados e Municípios) e de gerenciamento (pelo setor empresarial); e o destaque para a inclusão social por meio do fortalecimento das cooperativas de catadores.

Veja a matéria da Revista Sustentabilidade abaixo:

"A Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade o projeto de lei que cria a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS). O projeto, que agora necessita de aprovação pelo Senado, estabelece obrigações a empresários e a governos de implementarem planos de manejo de resíduos de longo prazo, criar um sistema de logística reversa e incentivar a reciclagem.

Apesar de manifestações contrárias à votação, em torno das 23 horas, nos últimos minutos da sessão extraordinária de 10 de março, o plenário aprovou em votação simbólica o substitutivo do deputado federal Sérgio Antônio Nechar (PP-SP) para o Projeto de Lei 203/91, do Senado, que cria a política.

Na versão final aprovada, prevaleceram as propostas do governo e do Grupo de Trabalho de Resíduos Sólidos da Câmara, cujo parecer foi divulgado no início do segundo semestre de 2009.

No plenário, foram apresentadas 11 emendas, das quais apenas três foram aprovadas. Ainda não há informações sobre elas.

O deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP), líder das discussões sobre a política, afirmou que a logística reversa, o inventário de geração de resíduos e a gestão integrada dos resíduos são os pontos fundamentais da politica e vão preencher grandes vazios legislativos que temos no Brasil.

O texto aprovado define três princípios básicos: o do poluidor pagador - quem gera resíduo será responsabilizado por ele -, o de responsabilidade compartilhada - toda a cadeia tem algum grau de responsabilidade, do fabricante ao consumidor, passando pelo comerciante -, e o da logística reversa, que determina que produtos e embalagens no fim de sua vida útil devem retornar para o ciclo de vida incentivando a reciclagem.

A política impõe critérios nacionais para que estados e municípios possam elaborar suas próprias leis. Nechar lembrou ainda que a falta de um marco regulatório federal possibilitava a proposição de leis municipais para o gerenciamento dos resíduos sólidos, o que, segundo ele, provoca incerteza jurídica no país e conflitos entre a gestão dos resíduos entre os municípios.

Esse era também uma das principais queixas do setor indústrial: de que a falta de um legislação nacional criava conflitos e obrigações diferenciadas em cada estado e municípios. Apesar de muitos estados ainda não terem aprovado uma lei específica, São Paulo e Minas Gerais já o fizeram. Em muitas cidades de diversos estados tramitam projetos de lei para regulamentar a questão.

A aprovação da PNRS pode também desmobilizar as "máfias do lixo", na opinião do deputado federal Talmir Rodrigues (PV-SP). “Vamos acabar com a caixa preta das campanhas politicas, com a mafia do lixo”, disse.

O projeto agora vai ser enviado de volta ao Senado federal. Em 19 anos de trâmite no Congresso, a proposta foi retomada pelo governo federal em 2007, quando enviou um nova versão que foi imediatamente apesada ao projeto original de 1991. Desde então foram incluídos no texto mais de 100 outros projetos que bordam o mesmo tema e, até a votação, foram propostas mais de 200 emendas pontuais.
Resistência
O horário da votação provocou algumas reações contrárias, devido ao fato de poucos deputados estarem presentes na Câmara. Apesar disso, o projeto foi votado e aprovado graças ao prévio alinhamento feito pelos líderes partidários.

Alguns parlamentarem comentaram o horário da votação, que pode ter beneficiado a aprovação do tema. “Neste momento a Câmara dá um passo importante e sinto que as matérias da pauta ambiental sempre sejam votadas no fim da noite”, disse o deputado federal Luiz Carreira (DEM-BA), que minutos antes tinha proposto o adiamento da votação por dois dias para discutir em mais detalhes alguns artigos.

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou que o projeto tem um grande significado e também lamentou que um tema dessa magnitude e importância seja aprovado em um momento pouco entusiasmado e com poucos parlamentares na assembléia.

Representantes dos partidos PDT, DEM, PP, PV, PMDB e PSDB manifestaram-se a favor da aprovação.

Próximos passos
Após a sua aprovação na Câmara dos Deputados, projeto de lei da Política Nacional dos Resíduos Sólidos segue para a Comissão de Constituição de Justiça da Câmara, onde o texto final do projeto será elaborado.

A redação final do projeto incluirá as três emendas propostas pelo deputado federal Sérgio Antônio Nechar e aprovadas na noite de ontem.

Depois de elaborado e aprovado pela Câmara, o texto segue para a central de comissões do senado, onde será decidido quais comissões avaliarão a proposta e qual senador será o relator do projeto.

De acordo com informações do deputado Arnaldo Jardim (PP-SP) no Twitter, o senador Cícero Lucena (PSDB-PB) provavelmente será o relator do PL no Senado.

"Tenho certeza da rápida tramitação no Senado", afirmou Jardim. "Afinal, trata-se de uma diretriz ambiental e socioeconômica para que o lixo, problema ambiental e social, se transforme em alternativa de geração de renda, empregos, oportunidades de negócios e de sustentabilidade."

Para que a Política Nacional dos Resíduos Sólidos seja aprovada ainda em 2010 é necessário o apoio dos 81 senadores que compõe o Senado Federal e que o texto elaborado pela CCJ da Câmara não seja alterado."

quinta-feira, 11 de março de 2010

Publicados editais da Rede Nacional de Formação do Telecentros.BR


Foram publicados ontem (10/03/2010), no Diário Oficial da União, os editais para a seleção do Polo Nacional e dos Polos Regionais da Rede Nacional de Formação para a Inclusão Digital. A rede de formação faz parte do projeto Telecentros.BR e será criada para dar cursos a cerca de oito mil monitores bolsistas e dois mil não bolsistas que vão trabalhar nos telecentros do projeto.


De acordo com o edital, o curso será desenvolvido em três módulos, com carga horária total de 480 horas, no período de 12 meses: a) o primeiro módulo apresentará o panorama geral dos quatro eixos temáticos que farão parte do curso (participação comunitária, tecnologia da informação, produção e publicação de conteúdos e gestão de telecentros); b) o segundo módulo vai se aprofundar cada um dos eixos, tanto conceitualmente quanto na prática, e o monitor escolhe qual vai fazer ; e c) o terceiro módulo será a aplicação prática dos conteúdos, pelo monitor, por meio da elaboração de um projeto a ser realizado no telecentro e de interesse de sua comunidade.

O Polo Nacional vai fazer a coordenação pedagógica, o desenvolvimento do ambiente de educação a distância, o portal da rede de formação, além de articular e supervisionar os polos regionais, que serão cinco, um para cada região do país. Para desenvolver o curso, vai mapear tanto a demanda dos monitores quanto a oferta de conteúdo por parte das entifdades que têm iniciativas de formação em todo o país. Também vai credenciar essas entidades e certificar seus conteúdos. Além disso, vai precisar realizar pelo menos dois seminários nacionais: um com a equipe pedagógica dos polos regionais e para formadores da equipe pedagógica dos polos regionais para qualificar as respectivas equipes na região, que reeditarão a formação junto aos tutores do curso de formação. A plataforma de EAD a ser utlizada será Moodle e todo o software da rede será livre. Além de fazer a arquitetura do conteúdo dos cursos, o polo nacional deverá realizar oficinas de educação à distância. Os polos regionais vão formar tutores de EAD. O polo nacional terá que implantar uma central telefônica de atendimento a tutores e monitores. A equipe sugerida pelo edital para o polo nacional é composta de 20 pessoas, desde coordenadores executivo e pedagógico até especialistas em cada eixo dos quatro eixos da formação (participação comunitária, tecnologia da informação, produção e publicação de conteúdos e gestão de telecentros), web designer, produtor de eventos, gestor de conteúdos do portal etc. Para o polo regional, é de 16 pessoas.


Valores e prazos

O contrato será R$ 1,5 milhão e pode ser ajustado para mais ou para menos, dependendo do número de pessoas que vão efetivamente fazer o curso, mesmo porque não se sabe ainda quantos telecentros serão efetivamente escolhidos por meio do edital de telecentros do projeto (em andamento) e nem onde eles estarão. Será válido por 18 meses, prorrogáveis por mais 18 a critério da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento (SLTI), que faz a coordenação executiva do projeto Telecentros.BR. O prazo para envio de propostas se encerra no dia 9 de abril e o resultado deverá ser divulgado no dia 03 de maio, para que todos os contratos referentes ao projeto sejam assinados no dia 05 de junho. O valor do contrato, os prazos de validade e as datas de envio de propostas, divulgação dos resultados e assinatura dos contratos são os mesmo para os polos regionais.

Aos polos regionais caberá formar os monitores dos telecentros do Programa Telecentros.BR, implementando regionalmente, nos aspectos operacionais e metodológicos, o Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR. Esses polos vão ter um núcleo educacional e um operacional. Entre uas responsabilidades está o mapeamento das atividades de formação em sua região, tanto dentro das iniciativas que participarem do projeto Telecentros.BR quanto de outras entidades; o mapeamento do perfil e da demanda dos monitores da região; o apoio no credenciamento das iniciativas de formação pelo polo nacional e na definição de critérios para certificar suas atividades de formação.

Os polos regionais terão que participar dos seminários presenciais promovidos pelo polo nacional, adaptar regionalmente os cursos desenvovildos no polo nacional, inclusive com a inlcusão de conteúdos regionais; selecionar, contratar e formar tutores e educadores; dar suporte regional ao sistema de monitoramento do Telecentros.BR,inclusive alimentando este sistema com dados de sua região. Cada regional deverá atender 1,5 mil cursistas e, no caso de haver um número maior de participantes do curso em determinada região, haverá mais de um polo a atendê-la.

Veja a íntegra dos dois editais no Diário Oficial.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Programa Telecentros.BR realiza debate com a sociedade


Interessados em conhecer melhor o Programa Telecentros.BR terão a oportunidade de participar de uma apresentação, em Brasília (DF), que ocorrerá no dia 10 de março.

O objetivo é detalhar o funcionamento dessa ação que pretende investir cerca de R$ 165 milhões no apoio à implantação de três mil novos centros gratuitos de acesso à Internet e no fortalecimento de outras cinco mil unidades em todo o país.

Para isso, a Coordenação Executiva do Programa realizará uma apresentação aberta a representantes de prefeituras e governos estaduais, organizações da sociedade civil, universidades e servidores públicos que atuam com o tema da inclusão digital, para que conheçam melhor a iniciativa e as formas de participação. O evento será às 14h30, no Auditório do Ministério do Planejamento do subsolo, Bloco K, da Esplanada dos Ministérios.

Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comunidades - Telecentros.BR

O Telecentros.BR vai apoiar espaços de inclusão digital com equipamentos e mobiliário, o oferecimento de conexão em banda larga, a concessão de bolsas para formação de monitores, além de implantar uma Rede de Formação. Os interessados em participar têm até o dia 26 de março para encaminhar suas propostas ao Governo Federal pelo formulário eletrônico específico do Programa.

O edital com as regras para participar do Telecentros.BR está disponível em http://www.inclusaodigital.gov.br/inclusao/telecentros/telecentros/Edital_TelecentrosBR-24-02-2010.pdf.

Site oficial: http://www.inclusaodigital.gov.br/telecentros.

terça-feira, 9 de março de 2010

Site acusa dono do Facebook de ler e-mails privados e invadir concorrentes

da Folha Online

Depois de dezenas de imbróglios relativos à privacidade, novamente o site de relacionamentos Facebook se vê em outra polêmica relativa aos métodos operacionais.

Nesta vez, contudo, as acusações do site de tecnologia Silicon Alley Insider, publicadas na sexta-feira (5), são mais graves: em uma extensa reportagem investigativa, o site aponta que, em pelo menos uma ocasião no ano de 2004, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, teria invadido contas de membros do Facebook a fim de ler suas mensagens privadas e e-mails, algo que, "na melhor das hipóteses, [é] um grave desvio de informações confidenciais".

Kimberly White -17.out.07/Reuters
Mark Zuckerberg, fundador do site de relacionamentos Facebook, é acusado de ler e-mails privados e invadir concorrentes
Mark Zuckerberg, fundador do site de relacionamentos Facebook, é acusado de ler e-mails privados e invadir sistemas concorrentes

As investigações do Sillicon Alley Insider apontam ainda que Mark invadiu sistemas de uma empresa concorrente para roubar informações que melhorassem o Facebook.

Outra menção feita na reportagem é ao brasileiro Eduardo Saverin, que iniciou o site como sócio --pagando os servidores do site-- e "confidente" de Zuckerberg. O site reproduz uma mensagem em que Zuckerberg, momentos antes de lançar o Facebook, recebe um convite para desenvolver um trabalho para uma rede chamada HarvardConnection.

Segundo o site, Zuckerberg teria retardado o processo e iniciado o Facebook --até hoje, Zuckerberg tem um processo de plágio aberto pelos donos da HarvardConnection, que fizeram a acusação apenas seis dias após o lançamento daquela que vem a ser a maior rede social do mundo.

A reportagem afirma ainda que Mark também teria invadido contas de e-mail de editores do jornal universitário de Harvard, o "Crimson", por intermédio de senhas erradas digitadas no Facebook. A invasão ocorreu porque o jornal teria decidido publicar a história do HarvardConnection.

A maior rede social do mundo tem mais de 400 milhões de usuários no mundo.

Roubos e trapaças?

Inicialmente lançado em Harvard, o Facebook logo angariou grande popularidade --a ponto de não ter que se preocupar com a concorrência de outra rede ali lançada, a já extinta ConnectU, cujos fundadores acusam Zuckerberg de ter roubado suas ideias.

Entretanto, o site define Zuckerberg como "obcecado" pelo ConnectU, a ponto de ter invadido a rede social e feito modificações em perfis de usuários --incluindo o perfil de um dos donos do site. Aparentemente, a falha explorada referia-se a uma verificação de conta com o uso de um e-mail falso.

Zuckerberg teria, então, modificado configurações de privacidade para invisível nas contas de alguns usuários do site --a ideia, aparentemente, era tornar mais difícil o encontro de amigos no ConnectU, reduzindo, desta forma, a sua utilidade.

"Mark parece ter ido um pouco mais longe, com a desativação completa de cerca de 20 contas ConnectU", diz o Sillicon Alley Insider. "Mark parecia estar preocupado com o risco de suas ações, mas deduziu que os desenvolvedores ConnectU não notariam uma sucessão de desativações de conta provenientes do mesmo endereço IP."

Não está claro, entretanto, como Zuckerberg teve acesso a estas contas e, ao que tudo indica, ele manteve acesso aos servidores do ConnectU por um tempo.

Questionado, o Facebook respondeu que "não vai debater com litigantes insatisfeitos e fontes anônimas que tentam reescrever a história inicial do Facebook, de Mark Zuckerberg ou constranger com alegações datadas. O fato inquestionável é que, desde que saiu de Harvard para o Vale do Silício há quase seis anos, Mark levou o crescimento do Facebook para um serviço global que desempenha um papel importante na vida de mais de 400 milhões de pessoas."

quinta-feira, 4 de março de 2010

Tribunal Constitucional alemão declara ilegal guarda de dados de internautas


O Tribunal Constitucional (TC) alemão declarou ilegal no dia 02 de março, o armazenamento de dados sobre conexões telefônicas e de internet. O tribunal supremo do país considerou incompatível com a lei fundamental obrigar as companhias telefônicas e de comunicações a armazenar durante seis meses todos os contatos telefônicos, e-mails e conexões com a rede mundial efetuados no país. Com essa decisão, o tribunal deu razão a mais de 35 mil denunciantes da lei, quase todos particulares, que haviam apresentado o maior recurso na história do TC alemão contra uma decisão do Legislativo.

A lei de armazenamento de dados havia entrado em vigor em janeiro de 2008 e correspondia a uma diretriz europeia para o combate ao terrorismo de 2005. A lei anulada não garante, segundo a interpretação dos juízes, "a restrição de seu uso" por parte das autoridades. Sua formulação atual também permite uma intromissão na vida cotidiana dos alemães "com dimensões até agora desconhecidas pela legislação". Os juízes também censuram o armazenamento indiscriminado de dados por provocar nos cidadãos "um sentimento ameaçador de ser observado", que prejudica "a percepção de seus direitos fundamentais". As companhias ficam obrigadas a apagar todos os dados armazenados até agora. A legislação de telecomunicações havia incorporado ao ordenamento jurídico alemão uma diretriz europeia aprovada meses depois dos atentados terroristas de Madri e Londres. As companhias ficaram obrigadas a manter os dados de todas as conexões telefônicas de cada usuário durante seis meses, incluindo os números de telefone que participam de cada comunicação, assim como sua duração e seu horário. No caso de chamadas com telefone celular, as empresas mantinham o endereço da antena usada pelo telefone cada vez que alguém ligava, respondia ou enviava uma mensagem de texto. As medidas de controle foram ampliadas no ano passado para as comunicações via internet. Com sua sentença, o tribunal alemão devolve a bola para a União Europeia.

Os juízes consideram que o armazenamento de dados não é totalmente inviável na Alemanha. Não descartam uma nova adaptação da diretriz europeia, mas impõem condições estritas. Para que uma norma dessas características seja compatível com a lei fundamental alemã, o armazenamento de dados deve ficar sujeito a supervisão e o usuário deve ser informado sobre que dados ficam registrados. Além disso, deve-se evitar que as autoridades tenham acesso ao arquivo completo de informação guardada.



Segundo os juízes, a lei atual sofre de falta de transparência e não preserva os cidadãos do abuso de seus dados pessoais.
A ministra da Justiça alemã, a liberal Sabine Leutheusser-Schnarrenberger (FDP), comemorou a sentença afirmando que a terça-feira foi "um dia extraordinário" para os direitos fundamentais e para a proteção de dados. Seu partido estava na oposição quando a lei foi aprovada, e foi contrário a ela desde o início. O ministro do Interior, Thomas de Maizière, da União Democrata Cristã (CDU), de Angela Merkel, se pronunciou a favor de redigir uma nova lei de armazenamento que cumpra os requisitos impostos pelos juízes.

A própria chanceler alertou sobre o "vazio" que os dados apagados a partir de terça-feira deixarão nas investigações criminais. Os analistas políticos já veem uma nova causa de discórdia entre democrata-cristãos e liberais, cuja coalizão sofreu diversas tensões depois de apenas quatro meses de governo.


Além disso, as empresas de telecomunicações falam em reclamar do governo indenizações milionárias pelos gastos que a lei recém-abolida lhes causou. Os empresários de internet e comunicações afirmam que a norma ultrapassada custou 300 milhões de euros ao setor e temem que as condições mais estritas de uma futura lei encareçam ainda mais o armazenamento de dados.
Os grupos de direitos civis que moveram a ação se declararam satisfeitos, mas anunciaram novos esforços para que o combate ao armazenamento de dados se estenda para toda a Europa. Na Inglaterra a lei obriga a armazenar os dados dos usuários durante 24 meses e na Espanha, por 12 meses. (Matéria do El País, traduzida pelo UOL)

quarta-feira, 3 de março de 2010

Banda Larga mais barata / Novo Portal Brasileiro


Nos EUA, banda larga vai consumir US$ 350 bilhões

03/03/2010 - O plano de banda larga dos Estados Unidos, que a Federal Communications Commission (FCC) vai apresentar ao Congresso no dia 17 de março, prevê que, em 2020, 100 milhões de domicílios daquele país estejam conectados à internet a 100 Mbps, uma velocidade dez vezes superior a da maioria das casas estadunidenses conectadas à internet. Um enorme desafio já que 1/3 da população, segundo levantamento feito pela propria FCC, ainda não tem banda larga ou porque o preço é elevado ou porque desconhece os benefícios do serviço.

Com este plano, os Estados Unidos querem eliminar o gap que têm em banda larga e disputar a liderança com os países que estão na vanguarda.
Alguns pontos do plano nacional de banda larga foram divulgados pela FCC na quinta-feira da semana passada, segundo o noticiário de jornais e sites norte-americanos. Mas as autoridades não revelaram quanto vai custar o plano, nem qual será o investimento governamental e qual será a parte da iniciativa privada. Inicialmente foram previstos investimentos de US$ 78 bilhões para conectar todas as pequenas empresas e domicílios rurais à internet, mas já em setembro, segundo o Wall Street Journal, autoridades da FCC já estimavam em mais de US$ 350 bilhões, em dez anos, o investimento necessário para construir a infraestrutura de moderna banda larga e desenvolver os programas previstos no plano. De acordo com a repórter Marguerite Reardon, do site CNET News, as autoridades da FCC revelaram que o acesso em banda larga vai acelerar a criação de empregos (por meio de cursos de treinamento e requalificação, a serem feitos por meio de parceria público-privada), melhorar a qualidade da atenção à saúde e a educação, reduzir os gastos domésticos com energia (usando o monitoramento remoto) e prover uma rede de segurança pública em todo o país.

Com a rede nacional de banda larga, a expectativa é compartilhar as informações médicas e prover monitoramento e diagnóstico remoto. “Com a remoção de parte da atual regulação, a FCC acredita que uma robusta infraestrutura de banda larga vai permitir economizar US$ 700 milhões na área da saúde durante os próximos 15 a 25 anos”, diz a matéria.
Durante a coletiva de imprensa, ainda de acordo com o noticiário, o chairman da FCC, Julius Genachowski, disse que o plano de banda larga vai recomendar que o governo invista US$ 18 bilhões, nos próximos dez anos, para construir e operar uma rede sem-fio nacional de segurança pública. Entre as perguntas ainda não respondidas, estão as medidas que a FCC vai adotar para estimular os investimentos privados -- o plano prevê universalização da cobertura e aumento das velocidades da rede existente – e a competição.

Segundo a reportagem de Marguerite Reardon, as empresas de telefonia e cabo não querem abrir suas redes nem que o serviço de internet seja regulado, mas a FCC já teria dado sinais de que vai obrigar as operadoras a alugar suas redes por preço de varejo para provedores interessados em atender pequenas empresas. (Do
Tele.Síntese)

Governo federal lança novo portal nesta quarta-feira

O governo federal apresenta nesta quarta-feira a sua nova cara na internet. A reformulação do portal institucional www.brasil.gov.br teve início há um ano, quando a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) assinou um contrato de R$ 11 milhões com a agência TV1, que venceu a licitação para renovação do site.

A estreia do novo portal será anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante um evento, em Brasília.

Segundo a Secom, mais de 500 serviços estarão disponíveis nas páginas eletrônicas, que serão divididas por perfis de usuários. Há áreas de conteúdo para estudantes, trabalhadores, imprensa e empreendedores. Novos perfis, como terceira idade, deverão ir ao ar nos próximos meses.

"O que vamos apresentar não é apenas o redesenho de um site, mas a formulação de uma estratégia de comunicação do país via internet", disse Ottoni Fernandes Junior, secretário-executivo da Secom, durante encontro com jornalistas, em São Paulo.

Para fazer o projeto, diz Fernandes, a Secom buscou inspiração em iniciativas de outros países, como França e Estados Unidos.

O site, que tratá conteúdo traduzido para o espanhol e inglês, terá um espaço exclusivo para pessoas interessadas em investir no país.

Desenvolvido sobre uma plataforma de software livre, um tipo de sistema que tem o seu código aberto e que pode ser manipulado por qualquer usuário, o "Portal Brasil" contou com o apoio de 200 pessoas durante seu desenvolvimento, envolvendo equipes da Secom e da TV1.

O contrato com a agência, que tinha prazo de um ano, acabou de ser renovado, por mais R$ 11 milhões, orçamento que pode ser ampliado ou não executado em sua totalidade, caso não haja necessidade.

Depois de um ano de trabalho, a Secom injetou R$ 7 milhões na iniciativa. A hospedagem do portal está nas mãos do Serpro, empresa de tecnologia do governo federal, por meio de um contrato de R$ 7,2 milhões por ano.

Sem muita divulgação, hoje o portal institucional do governo recebe apenas 800 mil visitas por mês. Para divulgar o endereço virtual, o governo vai lançar a campanha publicitária "O Brasil na sua mão". A propaganda, que em boa parte vai ser executada na internet, tem uma verba de R$ 1,5 milhão. (Do G1/Valor Online)

terça-feira, 2 de março de 2010

Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comunidades - Telecentros.BR


O programa Telecentros.BR pretende ajudar na implantação de novos telecentros e fortalecer unidades já existentes no país.

O Programa é resultado de um esforço do Governo Federal, sob orientação da Presidência da República, de coordenação do apoio aos espaços públicos e comunitários de inclusão digital. O apoio será em conexão, computadores, bolsas de auxílio financeiro a jovens monitores, e formação de monitores bolsistas e não-bolsistas que atuem nos telecentros. O objetivo é oferecer condições ao aperfeiçoamento da qualidade e à continuidade das iniciativas em curso, assim como à instalação de novos espaços.

São responsáveis diretos pela coordenação do projeto os Ministérios das Comunicações, da Ciência e Tecnologia e do Planejamento, sendo este último o responsável pela coordenação executiva.

Foi publicado em 24/02/2010 no Diário Oficial da União o Aviso de Seleção Pública de Parcerias MP/MCT/MC Nº 1/2010 referente ao Programa, edital que contém os procedimentos e regras para apresentação de propostas de adesão. Encontra-se aberto o período de inscrições, com prazo até 26/03/2010 para envio eletrônico da proposta.

A concepção, diretrizes e o texto do edital são resultados de um processo de ampla discussão, incluindo consulta pública, realizada de 29/04 a 10/06/09, em que o conjunto de documentos relativos ao Programa esteve disponível para contribuições; chat (conversação em tempo real na Internet) no dia 14 de maio; e audiência pública no dia 19 de maio, em Brasília, com transmissão por videoconferência a 28 localidades.

No dia 28 de outubro, foi publicado no Diário Oficial da União o Decreto Nº 6.991, de 27 de outubro de 2009, que institui o Programa, no âmbito da política de inclusão digital do Governo Federal. No dia 4 de janeiro de 2010, foi publicado no Diário Oficial da União a Portaria Interministerial Nº535/MP/MCT/MC, de 31 de dezembro de 2009, que resolve as regras operacionais, diretrizes e normas para a execução do Programa,no âmbito da política de inclusão digital do Governo Federal.

O procedimento para adesão de entidades proponentes ao Programa e de solicitação dos recursos oferecidos para os telecentros está descrito no aviso de seleção pública de parcerias, disponível para download aqui.

Documentos

segunda-feira, 1 de março de 2010

A educação em movimento


Apesar de ter uma enorme potência educacional, a robótica entra nas salas de aula em baixa velocidade. Áurea Lopes e Graça Coelho

Arede nº55 fevereiro de 2010 - Pela primeira vez na sua vida de docente, Alexandre Simões precisou “mandar os alunos embora para casa”. Empolgados, eles não queriam encerrar a aula, conta o professor, que conduzia um processo de aprendizagem literalmente “movido” pela construção de um robô. Mas não há qualquer novidade nesse episódio. Desde 1968, quando o educador sul-africano Seymour Papert sacou que a robótica poderia ser uma poderosa ferramenta pedagógica e criou a linguagem de programação Logo, temos tido notícias de experiências bem-sucedidas de ensino por meio da automação. O surpreendente é que, passados mais de quarenta anos, e apesar de tamanho potencial educacional, poucas escolas conseguiram, de fato, colocar os robozinhos nas salas de aula.

No Brasil, essa tecnologia não está inserida nos parâmetros curriculares oficiais e aparece de modo bastante tímido no Guia das Tecnologias Educacionais, do Ministério da Educação (MEC). Aos professores – para variar – falta informação e falta formação. Por essas e outras, a robótica educacional ainda predomina nas iniciativas isoladas e deve demorar para se tornar universal, principalmente na esfera da educação pública.

O avanço se dá lentamente, em grande parte como resultado das investidas das empresas do setor, que vendem peças ou motores e prestam serviço de capacitação tanto para as escolas particulares quanto para as públicas que podem pagar pelos kits. Raras exceções despontam aqui e ali, em projetos de baixo custo, que utilizam programação em software livre e materiais de sucata.
Entre os diversos fornecedores estrangeiros que atuam no país, a maior penetração é da Lego, que oferece um kit desenvolvido pela divisão educacional da corporação transnacional, a Lego Education. A companhia implanta o projeto em algumas escolas públicas do país, como ação social. Mas seu foco principal é a comercialização dos kits, disponíveis em versões que vão desde a educação infantil até o ensino médio. Esses kits – em média, na faixa de
R$ 2 mil – são compostos por peças de encaixe em variados formatos, sensores, motores e um software de programação. No pacote, está incluída a capacitação dos professores, que recebem fascículos da coleção Zoom, com conteúdos disciplinares baseados nos Referenciais Curriculares Nacionais (RCNs) e nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Também estão disponíveis no mercado brasileiro kits importados da empresa alemã Fischertechnik, da estadunidense Innovation First, entre outros.

O Colégio Formosa, na capital paulista, começou este ano com o projeto da Lego. Os pais, pagam uma taxa extra para que os filhos participem das atividades de robótica, aprovaram a novidade por considerar que o benefício vai ser grande, relatou a coordenadora pedagógica Cleide Infante de Paula. Os docentes pensam da mesma forma. Daniela Fiorillo, professora de informática da escola, se viu pela primeira vez diante de um kit de robótica e achou difícil montar o coração que se mexe, reproduzindo os movimentos do batimento cardíaco humano. Mas está confiante: “A motivação e o interesse dos alunos vão compensar o esforço”.

O kit da Lego é usado também no Instituto Internacional de Neurociências, conhecido como Campus do Cérebro, no Rio Grande do Norte. O instituto, que desenvolve pesquisas que unem cérebro e máquina para ajudar pessoas tetraplégicas a voltar a andar, mantém uma escola que atende cerca de 1000 alunos na faixa dos 11 aos 16 anos, em dois turnos. Essas crianças estão regularmente matriculadas em outras escolas e se encontram para participar de projetos interdisciplinares de ciência e tecnologia, artes, física, química e biologia. Nesse ambiente são ministradas as oficinas de robótica, quatro dias por semana. Os professores mostram a presença da robótica no cotidiano dos alunos e os estimulam a construir protótipos que se aproximem das suas realidades. Na escola Alfredo J. Monteverde, que abriga o projeto, os alunos utilizam os kits como recurso para solucionar problemas enunciados coletivamente. A diretora da Escola, Dora Maria de Almeida Prado Montenegro, diz que “outra ferramenta relevante para os registros das turmas é o blog da oficina, onde os alunos periodicamente publicam artigos contando as vivências de sala de aula”.

Selo tupiniquim

As empresas nacionais trabalham nos mesmos moldes, fornecendo kits. Porém, muitas vendem apenas os componentes eletrônicos, não as peças para montar os artefatos móveis – que podem ser construídos com material reaproveitado, como sucata de aparelhos eletrônicos ou de computadores. Um kit genuinamente brasileiro é o X-Bot, criado pelo programa de inovação e novos negócios da incubadora Cientistas Associados da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A empresa foi concebida para fabricação e comercialização de robôs móveis para as áreas de pesquisa, educação e entretenimento. Entre os hardwares produzidos pela X-Bot destaca-se o Curumim, utilizado por estudantes de cursos técnicos para o aprendizado de conceitos nas áreas de lógica digital, controle e programação.


No ano passado, uma empresa fundada por um engenheiro e um analista de sistemas que se especializaram em robótica educacional iniciou um projeto pioneiro na rede municipal de Guarapuava (PR). “Não entregamos robôs prontos. Ao contrário, estimulamos a construção de robôs a partir das realidades locais de cada escola, com elementos da vida na cidade e no campo. Uma aluna de uma escola rural montou um monjolo automatizado. Essa é a ideia, ter essa riqueza de desenvolvimento”, diz Rodrigo Barbosa e Silva, um dos sócios da Robótica Educacional.

A empresa trabalha com linguagem Logo, software livre e material de sucata. Nas dez primeiras escolas onde o projeto iniciou, em 2009, foram capacitados 16 professores – além de quatro pedagogos da secretaria de Educação do município. O projeto deve se expandir para todas as 43 escolas da rede até 2012. A Robótica fornece componentes robóticos e faz a capacitação dos professores. Em média, um kit custa R$ 630,00.

Robótica livre

Apesar do atrativo do baixo custo, a robótica livre encontra entraves em ambientes escolares. O principal é a falta de qualificação dos professores para reconstruir e aplicar kits não convencionais em salas de aula. Danilo César, professor da rede pública de ensino de Belo Horizonte (MG), doutorando de educação na Universidade Federal da Bahia, tem em seu currículo uma extensa militância projetos bem-sucedidos nesse sentido. Ele trabalha com formação de professores no uso sucata como tecnologia de mediação para a construção do conhecimento. O princípio é o da construção colaborativa do conhecimento. Já formou mais de 100 professores em diferentes estados do país.


No final de 2009, o professor ministrou um curso a distância para alunos de pedagogia da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), usando a plataforma Moodle. Ele observa que os alunos aprendem com o desafio de dominar os recursos da robótica articulada a diversos conteúdos como matemática, química, física, biologia, entre outros. Hoje, o projeto está implantado no Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Itabirito (MG), no Centro Marista de Inclusão Digital, nas universidades Federal do Ceará (UFC), Estadual da Bahia (Uneb) e Federal da Bahia (UFB). “A proposta é formar professores para usar a robótica na sala de aula”, explica César, um dos fundadores do portal Robótica Livre, mantido pela comunidade da robótica livre.

Inclusão digital

No Rio Grande do Norte, existe, desde 2005, uma experiência de sucesso voltada a alunos de diversas faixas etárias e diferentes níveis escolares: o Projeto de Inclusão Digital com Robôs, que utiliza o software RoboEduc, desenvolvido pela equipe do professor Luiz Marcos Gonçalves, do Departamento de Engenharia da Computação e Automação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Os alunos projetam robôs criando modelos, bases, atuadores, sensores e ações. Dentro do conceito dos jogos educativos, os estudantes fazem programações em cinco níveis de complexidades diferentes. Entre os objetivos do projeto, está a inclusão digital em escolas públicas da periferia de Natal (RN). Participam do trabalho estudantes de graduação e pós-graduação dos cursos de Engenharia da Computação e de Educação, da UFRN. Pedagogas em formação ministram as oficinas de robótica. Está em andamento uma experiência com crianças de 6 e 7 anos, no Núcleo de Educação da Infância, do Colégio de Aplicação da UFRN. O entusiasmo dos estudantes foi tão grande que os professores integrantes do projeto resolveram tornar a temática da robótica objeto das atividades bimestrais da escola.


www.roboticalivre.org
obr.ic.unicamp.br
Guia de tecnologias educacionais - http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13019:saiba-mais-guia-de-tecnologias-&catid=195:seb-educacao-basica


Olimpíada nacional

Acontece no Brasil, desde 2007, a Olimpíada Brasileira de Robótica, criada por um conjunto de docentes de várias universidades, públicas e privadas. No ano passado, participaram 20 mil estudantes, de todos os estados do país. Nas instituições que trabalham com kits de robótica – de qualquer tipo, que operem em qualquer plataforma tecnológica – são realizadas atividades práticas, de montagem de robôs. Mas escolas que não têm projetos de robótica também podem participar, por meio de provas escritas.


A proposta é identificar alunos talentosos nas modalidades de ciências exatas e despertar, nas escolas, o interesse pelas tecnologias da informação e comunicação. “Já estamos com carência de profissionais qualificados nessas áreas. Precisamos estimular a formação de competências para produzirmos nossa própria tecnologia”, diz Alexandre Simões, professor do curso de Engenharia, Controle e Automação, da Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho (Unesp), um dos organizadores da Olimpíada.

Simões conta que, este ano, a Olimpíada vai ter um foco especial nos professores. A Olimpíada vai promover um debate e reunir materiais de experiências bem-sucedidas. “No Brasil, não temos literatura sobre robótica educacional, nem modelos para trabalhar com os kits”, relata Simões. Também está sendo lançada uma rede social de interessados em robótica educacional, a Robotics 4 All. Com ambiente multimídia, a rede vai fomentar a troca de materiais entre docentes e as construções colaborativas de novos conteúdos.
robotics4all.ning.com